quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Barbalha Cênica ministra oficinas e encena espetáculos teatraisA entrada para todos os espetáculos custa apenas 01 quilo de alimento não perecível. O

A entrada para todos os espetáculos custa apenas 01 quilo de alimento não perecível.

O VI Barbalha Cênica, Festival Louco em Cena, chega hoje (20), ao seu quarto dia movimentando diretores, atores, atrizes, técnicos e a comunidade com a realização de oficinas, cortejos e apresentações teatrais em ruas, praças e no Cine Teatro Municipal Neroly Filgueira. 115 vagas foram distribuídas para as oficinas de corpo e voz, perna de pau, confecção de fantoches, iniciação teatral e maquiagem cênica. Realizado pelo Instituto de Educação, Pesquisa, Arte, Cultura e Informação, Corrupio Povo Cariri e apoio do Governo do Estado do Ceará através da Secretaria da Cultura, e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo o festival terá até o dia 22 mais três espetáculos teatrais no Cine Teatro Neroly Filgueira, sempre com início às 20 horas. Nesta quarta-feira (20), será encenada a peça “Caboré”, pela Companhia Desabafo de Teatro, de Juazeiro do Norte.
A censura é livre. Amanhã (21), será encenada a peça intitulada “Velório Show” com a Companhia de Teatro dos Sem, de Juazeiro do Norte, com classificação para 12 anos e na sexta-feira (22), será a vez do Ninho de Teatro, de Juazeiro do Norte, apresentar a peça “Com o Avental Todo Sujo de Ovo”, com classificação para 12 anos.
O grupo barbalhense “Louco em Cena” abriu o festival com as encenações das peças “Retalhos da Minha Terra” e “O Boi e o Burro no Caminho de Belém” no Largo Santa Terezinha e no Cine Teatro, respectivamente, com direção de José Gilsimar de Oliveira Gonçalves (Mamá). A entrada para todos os espetáculos custa apenas 01 quilo de alimento não perecível.

Oficina Cordel, Valores e Desenvolvimento Humano realizada no final de semana em Barbalha

O evento foi realizado no Hotel das Fontes, no Balneário do Caldas.

Aconteceu neste fim de semana (16) e (17), a oficina “Cordel, Valores e Desenvolvimento Humano”. O evento foi realizado no Hotel das Fontes, no Balneário do Caldas. Barbalha é um das cidades do Projeto Fortalecimento de Capacidades para Desenvolvimento Humano Local (CDHL), realizado pela parceria da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). A oficina teve como foco discutir a perspectiva dos valores cotidianos vividos e exercidos em sociedade, ponto do novo Relatório de Desenvolvimento Humano-Brasil 2009/2010, além de preparar, com cordelistas de oito Estados brasileiros, cordéis que levem essas mensagens a toda população de forma acessível, clara e objetiva. O Relatório é uma iniciativa inédita no Brasil e no mundo.

O resultado indicou que as pessoas desejam mais respeito, responsabilidade, humanidade e tolerância para uma vida melhor. A pesquisa também marca o papel e os valores nas escolas, nas famílias, na formação da política social, na redução da violência e na busca de uma vida mais digna a todos. Estas conclusões devem ser passadas a população, de forma que a conscientize sobre a importância dos valores na sua vida diária. De acordo com o Pnud, a união dos saberes populares e científicos será de grande valia na divulgação desses resultados, já que aborda temas complexos sob linguagens mais lúdicas que ajudam a transformar as pessoas e seus valores, além de custar menos e possuir distribuição mais abrangente e rápida. O cordel sendo utilizado como ferramenta de comunicação popular, valoriza aspectos próprios do Brasil, possui linguagem envolvente e evidencia a necessidade de obter novas e eficientes formas de comunicar.

Cordelistas de todo Brasil se reúnem e falam sobre desenvolvimento humano



A oficina foi bastante concorrida e contou com a participação de 15 cordelistas de todo o Nordeste.
O novo relatório de Desenvolvimento Humano Brasileiro 2009/2010 segue uma visão de desenvolvimento participativo, inclusiva, respeitando a voz e a deliberação humana, em toda a sua diversidade, riqueza e também em suas privações.
Para tanto, esse novo relatório é uma iniciativa inédita aqui no Brasil e no mundo, no qual o PNUD perguntou, com a colaboração de um grupo de 25 parceiros da iniciativa privada e governamental: “O que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar?”
Mais de meio milhão de pessoas, em todo o país, responderam a essa pergunta, que foi estruturada para estimular uma reflexão nos indivíduos a partir dos fatos concretos de suas vidas.
Novas formas e ações de trabalho tiveram que ser inventadas para levar o princípio da consulta ao seu potencial máximo, ampla e aberta. “Valores Humanos” foi o tema escolhido. As pessoas responderam que para que a vida de todos seja “melhor de verdade” é preciso que haja mais respeito, mais responsabilidade, mais humanidade e mais tolerância.
Por essa razão, foi feita uma chamada a cordelistas de todo o Brasil para participarem de uma oficina de dois dias, que aconteceu no Salão de Eventos do Hotel das Fontes, no Distrito do Caldas. O principal objetivo foi debater os temas discutidos sobre valores humanos e, juntos, buscar e elaborar cordéis que possam levar essas mensagens a toda sociedade brasileira. Ainda com isso, honra-se o compromisso de devolver à população brasileira um produto que possa falar com ela, em vez de simplesmente apresentar relatórios técnicos que, apesar de importantes, são lidos por poucas pessoas.
A oficina foi bastante concorrida e contou com a participação de 15 cordelistas de todo o Nordeste. O economista do PNUD, Flávio Comin, disse que o encontro foi importante. “Porque quando nós falamos em desenvolvimento humano, nós falamos em comunicação e informação que precisa chegar para as pessoas. Desenvolvimento humano é sobre qualidade de vida, é sobre pobreza, desigualdade, e é sobre escola também, e sobre as pessoas construírem uma vida melhor”.
“O que nós queremos é que os cordelistas possam traduzir essas coisas mais técnicas, como a linguagem que as pessoas possam entender sobre suas famílias, suas vidas e o seu dia a dia e contribuir para que você tenha um país de valor e uma vida melhor”, disse Flávio Comin.
O próximo passo é fazer com que os cordelistas possam escrever os seus cordéis e, uma vez que estejam prontos, sejam distribuídos com a sociedade, nos locais mais longínquos deste país.
O coordenador do PNUD/CNM em Barbalha, Antônio de Luna, disse que: “Este momento foi ímpar na história de Barbalha. Aqui nós podemos reunir cordelistas de todo o país, é um verdadeiro caldeirão de culturas diferentes que vai ajudar, através de uma linguagem simples e popular, no desenvolvimento humano local nas escolas e através de todos os meios de comunicação, então a importância de um evento como esse é única, é um divisor na história do cordel na Região do Cariri”.