quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cordelistas de todo Brasil se reúnem e falam sobre desenvolvimento humano



A oficina foi bastante concorrida e contou com a participação de 15 cordelistas de todo o Nordeste.
O novo relatório de Desenvolvimento Humano Brasileiro 2009/2010 segue uma visão de desenvolvimento participativo, inclusiva, respeitando a voz e a deliberação humana, em toda a sua diversidade, riqueza e também em suas privações.
Para tanto, esse novo relatório é uma iniciativa inédita aqui no Brasil e no mundo, no qual o PNUD perguntou, com a colaboração de um grupo de 25 parceiros da iniciativa privada e governamental: “O que precisa mudar no Brasil para sua vida melhorar?”
Mais de meio milhão de pessoas, em todo o país, responderam a essa pergunta, que foi estruturada para estimular uma reflexão nos indivíduos a partir dos fatos concretos de suas vidas.
Novas formas e ações de trabalho tiveram que ser inventadas para levar o princípio da consulta ao seu potencial máximo, ampla e aberta. “Valores Humanos” foi o tema escolhido. As pessoas responderam que para que a vida de todos seja “melhor de verdade” é preciso que haja mais respeito, mais responsabilidade, mais humanidade e mais tolerância.
Por essa razão, foi feita uma chamada a cordelistas de todo o Brasil para participarem de uma oficina de dois dias, que aconteceu no Salão de Eventos do Hotel das Fontes, no Distrito do Caldas. O principal objetivo foi debater os temas discutidos sobre valores humanos e, juntos, buscar e elaborar cordéis que possam levar essas mensagens a toda sociedade brasileira. Ainda com isso, honra-se o compromisso de devolver à população brasileira um produto que possa falar com ela, em vez de simplesmente apresentar relatórios técnicos que, apesar de importantes, são lidos por poucas pessoas.
A oficina foi bastante concorrida e contou com a participação de 15 cordelistas de todo o Nordeste. O economista do PNUD, Flávio Comin, disse que o encontro foi importante. “Porque quando nós falamos em desenvolvimento humano, nós falamos em comunicação e informação que precisa chegar para as pessoas. Desenvolvimento humano é sobre qualidade de vida, é sobre pobreza, desigualdade, e é sobre escola também, e sobre as pessoas construírem uma vida melhor”.
“O que nós queremos é que os cordelistas possam traduzir essas coisas mais técnicas, como a linguagem que as pessoas possam entender sobre suas famílias, suas vidas e o seu dia a dia e contribuir para que você tenha um país de valor e uma vida melhor”, disse Flávio Comin.
O próximo passo é fazer com que os cordelistas possam escrever os seus cordéis e, uma vez que estejam prontos, sejam distribuídos com a sociedade, nos locais mais longínquos deste país.
O coordenador do PNUD/CNM em Barbalha, Antônio de Luna, disse que: “Este momento foi ímpar na história de Barbalha. Aqui nós podemos reunir cordelistas de todo o país, é um verdadeiro caldeirão de culturas diferentes que vai ajudar, através de uma linguagem simples e popular, no desenvolvimento humano local nas escolas e através de todos os meios de comunicação, então a importância de um evento como esse é única, é um divisor na história do cordel na Região do Cariri”.

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