segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Seminário homenageia de Frei Tito de Alencar nos 35 anos de sua morte

O evento será realizado nesta quarta-feira (19), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Barbalha, a partir das 19h.
No último dia 10 de agosto completaram-se 35 anos da morte do religioso dominicano, Frei Tito de Alencar Lima. Para marcar a data a cidade de Barbalha realizou o I Seminário Frei Tito de Alencar: Vida e Obra, em que homenageou a memória do mártir cearense. O evento foi realizado na quarta-feira (19), no auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade de Barbalha, a partir das 19h. A iniciativa é da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade e contou com parcerias do Instituto Frei Tito, Universidade Regional do Cariri (Urca) e Diocese do Crato (CE).
O seminário foi aberto ao público e apresentou palestras e debates. Um dos principais momentos aconteceu na mesa de debate que relata a vida e a obra do frei dominicano, com as temáticas: Igreja, Família e História. A pedagoga e coordenadora do Instituto Frei Tito, Lúcia Rodrigues Alencar Lima, sobrinha do religioso, foi uma das palestrantes. Os outros foram: o padre Vilecy Basílio Vidal, do Eixo Ação da Diocese do Crato e o professor do Departamento de História da Universidade Regional do Cariri, Jose Rubens Pereira da Costa. Símbolo de luta pelos direitos humanos, militando desde a juventude quando ainda era estudante, Frei Tito foi morar na capital pernambucana, Recife, quando assumiu a direção da Juventude Estudantil Católica em 1963. Cinco anos depois, em outubro de 1968, ele foi preso por participar ativamente de um congresso clandestino da União Nacional dos Estudantes em Ibiúna (SP). O frei foi duramente perseguido pelos militares durante o período da ditadura, sendo torturado nos porões da então chamada “Operação Bandeirantes”. Entre as freqüentes seções de tortura, Tito relatou em carta tudo o que lhe acontecia, denunciando a crueldade da repressão militar. O documento ficou conhecido mundialmente relatando o que acontecia em território brasileiro. Desde então, Frei Tito ficou marcado como símbolo da luta em defesa dos direitos humanos. Mas a traumática experiência deixou seqüelas.O religioso sofreu o resto dos seus dias com as lembranças da tortura, que nem um tratamento psiquiátrico conseguiu apagar. Frei Tito foi encontrado morto, suspenso por uma corda amarrada num galho de árvore, em Lyon, na França, em 10 de agosto de 1974.

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